4.12.04

As escadas rolantes da gente

Bobo como numa corte
E desligado desse mundo
Eu vou

Bobo como um João Bobo
Encarcerado nos teus olhos
Vou

Como se fosse uma primeira vez
Faço loucuras de inexperiente
E dou-me às gargalhadas patéticas
De amor

Como se fosse um bêbado, um bebê
Perco as noções e os sentidos
E vou cantarolando e rindo
Do perigo

A verdade é triste, meu bem,
Mas o perigo não existe
Existe o nosso medo eterno de viver
sem despistar

A verdade é relativa
E dela a gente faz o que quiser
Se você gostou tanto do dia
Viva outro melhor
Ou pior

Ah... quero mais cantarolar
Descendo e subindo as escadas rolantes
da gente

.: Essa música, antes de tudo, é dotada de um sentido. Como todo sentido depende de interpretação, espero que, mesmo sem a ciência da intenção original, sirva de algo para cada um. Preciso dizer que, dessa vez, não se trata de uma ficção qualquer, ou de uma inspiração súbita sem fundamentos, mas que foi feita de todo o coração... E se alguém se preocupar, estou, sim, muito bem, "bobo como numa corte", "como se fosse um bêbado, um bebê", a cantarolar e a rir do perigo. Perigo? Hehehe! :.

Paz para todos e muita inspiração para quem inspira.