Tua imensidão
De tanto que durou a nossa flor Cheguei eu a pensar “Não Murchará” Embora, de madura, ela morresse, Maior que a morte, voltava a brotar E tanto resistiu o nosso chão Às lágrimas que não pude poupar De tanto pólen, vi-me em tuas mãos E esqueci-me de te alimentar Dei-te sóis e sis Mas, faltou-me dó Ao ver-te, não lembrei De por-me em teu redor Dei-te voz e dor Dei-te água e pão Mas, no meu cobertor Não coube a tua imensidão Era real nossa verdade onírica E nosso eterno mundo era fantástico De tanto ouvir minhas cansadas súplicas Nossa flor que não morre virou plástico. |
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