Cantar das Horas
Eu chamo, mas tu ignoras Eu canto no cantar das horas Eu prendo os meus dedos nas cordas E tu? Nem aqui. Eu clamo e me ouvem as portas Eu choro o teu peito de volta Eu prendo os meus dedos nas cordas. E a mim – que já te fiz tanto esperar – o que me resta são Segredos que não te contei. Mas, ei, quem sabe se eles vão restar Ou se alguns outros ouvidos vêm? Me corto, mas tu ignoras Me porto como uma senhora E prendo os meus dedos nas cordas E tu? Eu digo que tu só me arrasas Trago desaforo pra casa E prendo os meus dedos nas teclas E a mim - que já te fiz tanto esperar – o que então resta são Os beijos que não te beijei Mas, ei... quem sabe se eles vão restar Ou se outros risos de outros eu inibirei? |
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