14.6.06

.:Braços Eternos:.

*** Fiz essa poesia hoje. Não, não é uma música, só uma poesia. Se tornará uma música algum dia? Mal sei. Acho que não. Ela surgiu em um momento que mais se traduz em poesia simples. A música a tornaria mais complexa do que nasceu pra ser. Mas não direi nunca...

*** Essa poesia surgiu em um momento em que procurava alguém ao redor que pudesse me abraçar, ou simplesmente tocar a minha mão. Mas não havia ninguém que me fizesse tão seguro quanto eu queria. Saí, então, por uns instantes, da aula em que estava. Estava incomodado. Fui ver o sol. Aquele vasto campo verde que levava à biblioteca, o céu azulão de Brasília, o sol - amarelão! - estavam todos lá, oferecendo-me as mãos de que precisava e o aconchego momentâneo debruçado sobre a simplicidade.


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Quero um abraço de alguém
Que não seja mais frágil que eu
Que me entregue à imensidão
E à mera vontade de ser
De um alguém que me faça menor
E me envolva com braços gigantes

Quero um abraço sutil
De alguém a que possa abraçar
Quero braços que me elevem
Ao sublime prazer
Que a simplicidade
Revela

Quero acender uma vela na falta de luz
Ceder aos caprichos da insônia na falta de sol
E vê-lo nascer e morrer todo dia
Nos braços eternos que a vida me der

Eu quero um abraço do mundo.

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